Voluntariado… Porquê?

Voluntariado… Porquê?


A Joana e eu encontrámo-nos no Skype, e ela partilhou a sua experiência de voluntariado. Ela foi uma voluntária de curta duração na Grécia, e voltou para Portugal mesmo na “véspera da pandemia”, em março. 

Porque é que te decidiste tornar uma Voluntária CES? 

Eu queria fazer uma pausa do meu trabalho, portanto o meu objetivo era fazer um estágio internacional. Infelizmente, já não era possível para mim, pois devia-o ter feito durante o meu mestrado, mas só me lembrei desta ideia após ter terminado o curso. No entanto, queria fazer essa pausa, portanto decidi procurar intercâmbios de juventude e projetos CES. Encontrei o projeto que acabei por fazer em setembro de 2019, mas apenas queria ir em fevereiro, e como tal fiz alguns intercâmbios e formações durante esse tempo. Escolhi este projeto porque queria aprender algo novo que estivesse de alguma forma relacionado com a minha profissão e, entretanto, aprender sobre outros países e culturas. 

O que fizeste durante o teu projeto de voluntariado? 

Eu participei num projeto fantástico! Auxiliei pessoas com incapacidades e, apesar de já ter alguma experiência neste campo em Portugal, aprendi bastante na Grécia! 

Fizeste algum projeto pessoal? 

Sim, fiz porque li sobre esta oportunidade. Mais tarde, perguntei na Grécia, mas eles não me transmitiram a informação necessária, portanto, no final, eu fui o meu próprio projeto pessoal. O meu desenvolvimento pessoal foi o meu projeto. 

O que sentiste falta de Portugal? 

Senti falta do sistema de reciclagem português. Na Grécia, eles não fazem grande reciclagem. Eles recolhem o papel separadamente, mas tudo o resto vai para o mesmo saco do lixo, e eles usam bastante plástico. Em alguns casos, onde nós usamos um, eles usam três. E senti falta do café forte português também! E, claro, senti falta dos meus amigos, da minha família e do meu namorado, mas mantivemo-nos em contacto através da tecnologia. 

Tens algum conselho para as pessoas que estão a ler a tua entrevista e que talvez queiram fazer voluntariado? 

Na nossa casa em Kalamata, antes de partirmos, nós fizemos uma carta em específico para a próxima geração de voluntários. No geral, posso dizer que é melhor ir com baixas expectativas. Desta forma, tudo o que vier de positivo passa a ser um extra na tua vida que te traz felicidade. Tem a mente aberta e sê flexível. Vais precisar dessas duas características para te dares com as pessoas com quem partilhas casa e com todos os colegas internacionais!